terça-feira, 23 de agosto de 2016

Tânia, a tarada do Tinder

Primeiro: quero acreditar que tenho jeito para os títulos.

Segundo: a Tânia foi uma grande mulher.

Grande porque pesava mais de 120kg apesar de na foto de perfil parecer a Amy Winehouse no final da sua vidinha.
Match no Tinder. Encontro marcado. Banhinho tomado, partes baixas limpinhas como recomenda a mamã.
Lá vai solteiro directo ao encontro mais caricato do natal passado.

Ideia: apanhar a Tânia. Ir ao Corte Inglês comprar umas coisas à Jo Malone.

Resultado esperado: matar dois coelhos de uma cajadada - fazia as compras de Natal e ao mesmo tempo impressionava a referida brasa ao ponto de dar a cajadada mais tarde (if you know what I mean...).

Resultado obtido:
Tânia entra no carro. Amortecedores chiam. Carro fica totalmente inclinado para a direita - levei um carro desportivo mas fiquei sentado à altura de um SUV. 

Ao fim de 5 minutos no carro, Tânia tira as cuecas. Oferece-mas e diz que mais logo oferece o conteúdo.
Lado a lado no carro e Tânia envia-me selfies de sua xaroca (adoro esta palavra - obrigado Bernardina) e aparentemente fotos de arquivo de seus fartos seios. 
Aliás, tão fartos que me enviava as fotos divididas porque não cabiam os 2 no mesmo plano.
Neste momento Solteiro já nem quer saber de compras de Natal nem do aspecto físico. Afinal, nunca provei hipopótamo e temos que provar de tudo na vida, já dizia a minha avó.

Ao fim de 15 minutos parados na fila para estacionar e alguma conversa, Tânia confessa que me ama loucamente. Eu começo a questionar a sanidade mental dela e possíveis rotas de fuga para mim.

Expliquei de forma calma que não quero relacionamentos. Estamos ali para uma coisa e é apenas aquilo que espero daquele final de tarde.

Tânia olha para mim com faíscas a sair dos olhos.
- O QUÊ??? MALVADO!!! NÃO SENTES O MESMO? QUERES ENGANAR-ME???
Eu assustado com o plot twist:
- Tânia. Conhecemo-nos no Tinder, ontem. É a primeira vez que nos vemos. Achas que vamos já casar?

Saiu disparada do carro, em plena auto-estrada. A bracejar que nem uma perdida no meio da rua.
Famílias inteiras dentro de seus automóveis a gozar o prato.

Solteiro trancou imediatamente a porta - ainda assim não se arrependesse e voltasse para trás.

Morais da história: 
- A Jo Malone continua a ser a minha loja de eleição para prendas de Natal.
- Engatei a rapariga da loja.
- Não ouvi um 'ho-ho-ho' mas um 'hu-hu-hu'

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