terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sonja, a Croata lunática

O mundo dos encontros é um mundo que mudou radicalmente. Há uns anos convidávamos a rapariga a sair, nunca sabíamos qual seria a resposta dela, podia correr bem ou correr mal, era uma Roleta Russa mas com várias balas na câmara.
Hoje é diferente: com as aplicações de encontros, facebook, whatsapp... Ambos sabemos exactamente ao que vamos! Bem, nem sempre...

Falemos de Sonja, uma de muitas lunáticas que proliferam por este mundo de solteiros fora:
Conhecemo-nos numa aplicação de encontros. Mensagem para aqui, mensagem para ali, bla bla bla, yada yada yada - decidimos encontrar-nos no dia seguinte às 22:00.

Sonja é uma expatriada da Croácia, viajou pelo mundo, fala um Português bastante aceitável e que vive fora de Madrid, numa vila junto às montanhas. Parece bastante normal, pessoa vivida e que teria conversas interessantes de certeza.

Dia seguinte pouco antes das 22h envio um SMS:






































Apareço eu, já com a telha e com vontade de desistir.
Uma pessoa que não conheço de lado nenhum esperava-me irada na rua.

Desculpei-me, salamaleques todos, etc... e ofereci-me para lhe pagar um chocolate quente (era Janeiro e na serra de Madrid neva e faz um frio do caralh@).

"Se calhar caminhamos um bocadinho primeiro" disse ela de forma inocente.

Caminhámos serra adentro em silêncio durante 1 hora, com temperaturas negativas. A Sonja de vez em quando ria sozinha. Eu com o casaquinho mais fino que tinha em casa. Sonja bem abrigada.

Admito que a dada altura até tive medo, não sei se por ver demasiado Criminal Minds ou se pelo facto de ela medir pelo menos mais 15 cm que eu.

Quando lhe perguntei quando queria procurar um bar para nos sentarmos e tomar algo quente para aquecer, respondeu-me que queria continuar a caminhar.

Virei costas e regressei ao meu carro. Gelado por fora, em passo acelerado (quem tem cú tem medo), com vontade de chorar (idem) e a maldizer a minha vida por confiar em aplicações estúpidas.

Moral da história:

Não caminhes por uma hora ao frio porque apanhas uma pneumonia.
Quase ia ficando eunuco com a gangrena.
Nunca mais ouvi falar da Sonja.
Já dizia a minha avó: Não sei se está grizo ou orvalho, mas tá um frio do caralh@.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Aceito todas as críticas à minha pessoa, Críticas a terceiros ou comentários ofensivos não serão publicados.