terça-feira, 30 de agosto de 2016

Considerações Corporate (III)

A minha presidente executiva numa conferência com chefes de departamento em Lisboa:

- Por mim era mais pelo Ku..

Imagem mental:



Ku é o nome de um colega chinês que queremos importar. 

Considerações Corporate (II)


A directora de recursos humanos da minha empresa chamou-me à atenção.

Porquê, perguntam vocemeseses? Pois porque mudo muitas vezes a minha foto de perfil no whatsapp e isso é sinal de quem tem muito tempo livre.

A minha reacção mental:

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Parece que tenho de te matar

Dizem que não conseguirei amar ninguém enquanto te amar a ti. Que não podes continuar vivendo no meu coração. Mas como matamos alguém que vive dentro de nós?

Dizem que serás sempre presente no meu pensamento enquanto eu consentir... Que ocupas 150% do meu coração e isso não é saudável.

Que direito tens, C. de continuar a ocupar esse espaço? Que direito te deram de me dilacerar física e emocionalmente e mesmo assim eu não te conseguir expulsar da minh'alma? O direito que sei que to dei, sem te dares ao trabalho de o conquistar sequer - o direito de possuíres o meu coração, a minha lealdade, a minha fidelidade? Esse direito já não o deverias ter, C.!

Mas tens, pois é evidente que sim. Diz a terapeuta que é por essa razão que não consigo evoluir emocionalmente. Diz ela e digo-o eu porque o sinto - e sinto-o no coração. Posso negar o que quiser mas o que o coração diz não se nega. Oculta-se como o faço tão bem todos os dias.

Diz ainda a terapeuta que tenho de te matar na minha cabeça. Que tenho de imaginar que morreste e despedir-me de ti. Que o calor do teu beijo, os teus braços à minha volta, a tua cabeça encostada ao meu peito após fazermos amor, o teu cheiro, a forma pragmática com que encaravas a simplicidade e a forma simplista com que resolvias problemas desapareceu.

Que moral temos para exigir a uma mãe que mate um filho? Que moral temos para exigir a alguém que mate a quem ama? Com que moral, C., levaste tudo de mim, tudo o que quiseste levar porque te permiti levar tudo? Com que moral partiste para os braços de outro e deixaste um buraco negro no meu peito? E com que moral não tenho eu forças para te esquecer? Com que moral, repito: tenho de te matar se ainda te amo?

Foi tão bom, C. Foi tão bom que pareceu mágico. Que durante o tempo que passámos juntos não só ocupaste a totalidade do meu coração como o reivindicaste - para sempre aparentemente.
Nunca se pode dizer para sempre pois não morres em vida. Morres em espírito dentro de mim.
Morrerás aos poucos pois sou um cobarde. Na verdade não tenho coragem de te matar "de golpe". Sim, sou cobarde. Sim, admito que o que sinto foi forte - demasiado - e não se elimina com meia dúzia de palavras.

Palavras te eliminarão - as dos meus amigos, da minha mãe que tão boa conselheira é e palavras de alguém com força suficiente para arrebatar o meu coração. Essa pessoa surgirá um dia, tenho a certeza. Esteja eu disponível para a receber...

Gestos te eliminarão - os meus gestos, a minha luta diária em superar-me. Talvez um dia eu recupere os gestos de romantismo que me definiam. Talvez esses gestos não tenham desaparecido de mim e um dia uma mulher seja merecedora deles. E eu os volte a fazer com o mesmo calor no coração com que os fiz para ti.

Então, e porque tenho que o fazer, despeço-me aqui de ti. Simular que morreu aquela que dava vida à minha vida é a maior crueldade que se pode pedir a alguém. Mas se é necessário, com lágrimas nos olhos o faço.

Até quando Deus queira, C.

Solteiro.



C... não falamos há um ano. Esta é a minha banda sonora desde Agosto do ano passado. Não é a "nossa" música. A "nossa" música era especial.
Esta é uma música muito minha. Sabes melhor que ninguém porquê.


quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Always be kind, my ass!

Há umas semanas perdi dois amigos por causa de uma bombeira.
Ontem perdi um amigo por motivos religiosos (dele).

Que sa f#da a bondade, é o que tenho para vos dizer.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Reconhecimento fraterno

Quando encontras um amigo no Eleven, já não o vês há colhões e ele te cumprimenta com um sonoro

"Solteiro, you absolute fucking legend!"

Tânia, a tarada do Tinder

Primeiro: quero acreditar que tenho jeito para os títulos.

Segundo: a Tânia foi uma grande mulher.

Grande porque pesava mais de 120kg apesar de na foto de perfil parecer a Amy Winehouse no final da sua vidinha.
Match no Tinder. Encontro marcado. Banhinho tomado, partes baixas limpinhas como recomenda a mamã.
Lá vai solteiro directo ao encontro mais caricato do natal passado.

Ideia: apanhar a Tânia. Ir ao Corte Inglês comprar umas coisas à Jo Malone.

Resultado esperado: matar dois coelhos de uma cajadada - fazia as compras de Natal e ao mesmo tempo impressionava a referida brasa ao ponto de dar a cajadada mais tarde (if you know what I mean...).

Resultado obtido:
Tânia entra no carro. Amortecedores chiam. Carro fica totalmente inclinado para a direita - levei um carro desportivo mas fiquei sentado à altura de um SUV. 

Ao fim de 5 minutos no carro, Tânia tira as cuecas. Oferece-mas e diz que mais logo oferece o conteúdo.
Lado a lado no carro e Tânia envia-me selfies de sua xaroca (adoro esta palavra - obrigado Bernardina) e aparentemente fotos de arquivo de seus fartos seios. 
Aliás, tão fartos que me enviava as fotos divididas porque não cabiam os 2 no mesmo plano.
Neste momento Solteiro já nem quer saber de compras de Natal nem do aspecto físico. Afinal, nunca provei hipopótamo e temos que provar de tudo na vida, já dizia a minha avó.

Ao fim de 15 minutos parados na fila para estacionar e alguma conversa, Tânia confessa que me ama loucamente. Eu começo a questionar a sanidade mental dela e possíveis rotas de fuga para mim.

Expliquei de forma calma que não quero relacionamentos. Estamos ali para uma coisa e é apenas aquilo que espero daquele final de tarde.

Tânia olha para mim com faíscas a sair dos olhos.
- O QUÊ??? MALVADO!!! NÃO SENTES O MESMO? QUERES ENGANAR-ME???
Eu assustado com o plot twist:
- Tânia. Conhecemo-nos no Tinder, ontem. É a primeira vez que nos vemos. Achas que vamos já casar?

Saiu disparada do carro, em plena auto-estrada. A bracejar que nem uma perdida no meio da rua.
Famílias inteiras dentro de seus automóveis a gozar o prato.

Solteiro trancou imediatamente a porta - ainda assim não se arrependesse e voltasse para trás.

Morais da história: 
- A Jo Malone continua a ser a minha loja de eleição para prendas de Natal.
- Engatei a rapariga da loja.
- Não ouvi um 'ho-ho-ho' mas um 'hu-hu-hu'

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Éramos felizes e não sabíamos

Uma das grandes desilusões que tive após regressar ao país ao fim de 6 anos foi que a RFM - outrora grande rádio, agora parece a rádio Kizomba.

A RFM. Kizomba. Refluxo gástrico. Não m'aguento. 
Adeus.

domingo, 21 de agosto de 2016

Separados à nascença


Picante penso que os direitos de autor desta rubrica são seus... longe de mim cometer plágio. 


Quando as luzes se apagam (spoiler no final)

Como bom romântico que sou, levei uma rapariga ao cinema hoje. Guatemalteca e boa todos os dias.

Objectivo: filme de terror para que ela se agarrasse a mim toda a sessão. E no final tivéssemos a nossa própria sessão à meia-luz - if you know what I mean...

Fomos ver esta preciosidade:


Só tenho uma coisa a dizer: bela merd@!

Quando chegar a casa vou apagar as luzes todas a ver se a criatura aparece.

Se aparecer, eu próprio me encarrego de a matar. Pelo dinheirinho que me fez gastar.

Spoiler: a mãe morre no final para salvar os filhos (só porque me apetece poupar-vos uns cobres).

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Considerações Corporate

É impressão minha ou a nível de clientela as urgencias do Hospital CUF Descobertas estão para a saúde como o LIDL está para a venda a retalho?

Em uma hora de espera já vi/ouvi:

- trabalhos de unhas de gel de fazer corar a Ana Malhoa
- kizomba
- toda a espécie de chanatas, alpercatas, havaianas, sandaloca e chinelo best-seller do mercado do pinhal novo
- ringtone do game of thrones - que foi admirado e invejado pelos restantes presentes na sala de espera
- relatos na primeira pessoa da vida sexual de um adolescente obeso - que por si só dá um post
- tatuagens boas, más, assim-assim e casos que mais valia a pena amputação
- teddy-boys de ginásio a chorar com medo de uma colheita de sangue porque "essa cena é bué grossa"

Não fosse pelo meu estilo de vida complicado e passava aqui mais duas ou três horas na boa...

terça-feira, 16 de agosto de 2016

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

As pessoas bem sucedidas também fraquejam


Faz hoje um ano que tentei o suicídio.
Faz hoje um ano que não o consegui fazer, por acto Divino.
Faz hoje um ano que me deram a mão e me ajudaram a erguer.

Neste ano que passou fui promovido, conquistei todos os objectivos profissionais, mudei completamente de vida. Estou ainda em recuperação emocional. Há um longo caminho a percorrer.

Amen!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Síndrome de Tourette

Passado fim-de-semana fui fazer um dia de SPA com a minha irmã.

Entro no meu gabinete de massagem. A simpática terapeuta que me deu as boas-vindas na recepção tinha mudado de semblante... recebeu-me com cara fechada e olhos assustados. Achei estranho mas pensei: "que se f#da, desde que me dê uma boa coça que o stress já escorre pelos poros..."

- Por favor, não me massaje os pés nem a zona da cervical que estou em tratamento. Ah e já me esquecia, não me toque nas orelhas que tenho agulhas de acupunctura.
- errr, com certeza Sr. Solteiro... esteja tranquilo. Queira por favor deitar-se.

Deito-me na marquesa. 90 minutos que pareceram uma eternidade e uma terapeuta de respiração irregular massajou-me com a ponta dos dedos. Massajar se calhar não será bem o termo, mais esfregou-me gentilmente com óleo. Se me pusesse um raminho de tomilho eu estava pronto para o forno.

No final, terapeuta saiu da sala a correr e disse-me para sair quando quisesse.

Saio da "massagem" com uma dor de cabeça e com a puta da telha e vou aguardar pela minha irmã na sala de relaxamento.

Irmã de Solteiro vem, quase a levitar e, com um sorriso maroto, pergunta-me:
- Mano, correu bem  tua massagem?
- Uma merda! A gaja fez isto e isto e isto.... 

Irmã de Solteiro começa a rir às gargalhadas...
- Sabes, é que eu antes de tu entrares falei com a tua terapeuta.
- Sério? Que lhe disseste?
- Disse-lhe que tinhas Síndrome de Tourette e que ela não te podia enervar. Se tu tivesses um "crise" ela tinha que te atirar um pacote de açúcar e sair da sala enquanto antes...




quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Ouvido num bar ontem à noite

Duas amigas conversavam na mesa ao lado. Uma diz para a outra:
"Ela perdeu dois anos da vida dela a ser feliz..."

Saí do bar assim

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

Senhora no café hoje ao pequeno-almoço


- Ai Solteiro há tanto tempo que não te via! Tás bom!!!
(FYI - no Alentejo estar "bom" é sinónimo de estar gordo)
- Viva dona Carminho, como está?
- Olha filho vou andando aqui com as minhas dores (mostra-me o joanete e uma erzipela no cotovelo).
Eu com espasmos e a tentar segurar o vómito:
- Pois dona Carminho, é a vida... se calhar vou andando que...
- Filho, espera. Queria dizer-te que a minha Filipa também está solteira. É uma grande psicólica sabias? Vou-te dar o númaro dela.




Saí a correr. Imagens de joanetes, erzipela e uma filha psicólica impressas na retina.

Dúvida existencial: que caralh@ é uma psicólica???
1) Psicótica
2) Alcoólica
3) Psicóloga
4) Todas as acima descritas

Alguém me ajuda?

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Sonja, a Croata lunática

O mundo dos encontros é um mundo que mudou radicalmente. Há uns anos convidávamos a rapariga a sair, nunca sabíamos qual seria a resposta dela, podia correr bem ou correr mal, era uma Roleta Russa mas com várias balas na câmara.
Hoje é diferente: com as aplicações de encontros, facebook, whatsapp... Ambos sabemos exactamente ao que vamos! Bem, nem sempre...

Falemos de Sonja, uma de muitas lunáticas que proliferam por este mundo de solteiros fora:
Conhecemo-nos numa aplicação de encontros. Mensagem para aqui, mensagem para ali, bla bla bla, yada yada yada - decidimos encontrar-nos no dia seguinte às 22:00.

Sonja é uma expatriada da Croácia, viajou pelo mundo, fala um Português bastante aceitável e que vive fora de Madrid, numa vila junto às montanhas. Parece bastante normal, pessoa vivida e que teria conversas interessantes de certeza.

Dia seguinte pouco antes das 22h envio um SMS:






































Apareço eu, já com a telha e com vontade de desistir.
Uma pessoa que não conheço de lado nenhum esperava-me irada na rua.

Desculpei-me, salamaleques todos, etc... e ofereci-me para lhe pagar um chocolate quente (era Janeiro e na serra de Madrid neva e faz um frio do caralh@).

"Se calhar caminhamos um bocadinho primeiro" disse ela de forma inocente.

Caminhámos serra adentro em silêncio durante 1 hora, com temperaturas negativas. A Sonja de vez em quando ria sozinha. Eu com o casaquinho mais fino que tinha em casa. Sonja bem abrigada.

Admito que a dada altura até tive medo, não sei se por ver demasiado Criminal Minds ou se pelo facto de ela medir pelo menos mais 15 cm que eu.

Quando lhe perguntei quando queria procurar um bar para nos sentarmos e tomar algo quente para aquecer, respondeu-me que queria continuar a caminhar.

Virei costas e regressei ao meu carro. Gelado por fora, em passo acelerado (quem tem cú tem medo), com vontade de chorar (idem) e a maldizer a minha vida por confiar em aplicações estúpidas.

Moral da história:

Não caminhes por uma hora ao frio porque apanhas uma pneumonia.
Quase ia ficando eunuco com a gangrena.
Nunca mais ouvi falar da Sonja.
Já dizia a minha avó: Não sei se está grizo ou orvalho, mas tá um frio do caralh@.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Marcia, ou como ela diria: Marchhia


Há umas semanas decidi oferecer a mim mesmo uma prenda: massagem erótica com Happy Ending.
Ligo, sou atendido por uma recepcionista muito prestável que imediatamente me marcou uma hora com a "terapeuta" Márcia.

17:00 - à hora marcada lá estava o Solteiro para seu tratamento VIP que incluía sauna, jacuzzi, massagem e Happy Ending - sempre acompanhado de Márcia.

Pagamento efectuado, roupas fora, banhinho tomado, roupão de cetim para ambos. Terapeuta acompanha-me à sauna. Ambiente perfeito: música, velas, aroma bom, sensualidade máxima... até que a Márcia começa a falar.

Passei todos uns looooongos 90 minutos a conter o riso e sem desfrutar da minha auto-prenda, pois a Márcia além de um sotaque Andaluz quase imperceptível, falava à ssshoopinha de masssha.

"Hola cariño, shhoy Marschhia.... Qué grachhioso eres..."
Really???



quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Uma da manhã, hey! Bem bom, duas da manhã!

Imaginem o seguinte cenário:

Conhecida capital europeia: avião a aterrar... 

Solteiro regressa a casa de mais uma das suas muitas viagens de avião. Solteiro está cansado pois foi uma semana longa e pensa para com os seus botões: "finalmente uma noite em que consigo dormir mais de 4 horas!".

Solteiro vê um pouco de televisão. Pouco depois decide ir despejar o lixo.

1:00 da manhã:
Estão cerca de 35 graus. Solteiro dirige-se à varanda em boxers para ir buscar o caixote do lixo.

Uma traça ameaça entrar dentro de casa. Num gesto irreflectido (reconheço que um misto de medo e desespero) solteiro fecha a porta da varanda para impedir que tão aterrador animal entrasse. 

Frio no estômago: Solteiro acabou de se fechar do lado de fora da varanda, em boxers, sem telemóvel, nada de nada - nem hipótese de abrir a porta do lado de fora. A traça repousa no interior de casa (tentativa furada) e tenho a certeza de que olhava jocosamente para mim - acho que até filmou com o seu pequeno telemóvel e postou o vídeo nas redes sociais dos insectos.

1:30 da manhã:
Solteiro tenta a todo o custo forçar a porta. Tal revela-se impossível. Solteiro vive num terceiro andar de um condomínio privado de luxo na referida capital.

Solteiro não tem como pedir ajuda. Nem vivalma nas janelas adjacentes.

Solteiro tenta chamar a atenção do segurança. Sem nenhuma ferramenta ou objecto que fizesse barulho - e consciente do ridículo que pareceria um badocha em boxers aos gritos da varanda à 1:30 da manhã - solteiro tem uma ideia brilhante: atirar um vaso do terceiro andar cá para baixo! Alguém deve ouvir...

3, 2, 1... PUM! Vaso cai com estrondo tremendo. Segurança do condomínio vem a correr.

- "Fred boa noite! Desculpa mas fiquei fechado do lado de fora da varanda. Podes por favor subir com a tua chave e abrir-me a porta?"
Depois de uns minutos agarrado ao coração tentando recompor-se do susto (isto agora dos atentados só nos fode mesmo... anda tudo acagaçado) Fred assente em subir e proceder ao tão esperado resgate.

Volvidos 15 minutos, Fred grita desde lá de baixo:

- "Solteiro, desculpa! Tens a tua chave metida por dentro? É que não consigo abrir a porta..."
- "Eh pah... acho que sim! E agora?"
- "Vou ligar para as urgências... não saias daí"

A sério?!?















- "Solteiro, dizem que não é uma emergência. Terei que chamar um serralheiro mas vai custar uma fortuna. Que queres que faça?"
- "Fred, não tenho alternativa... chama lá o serralheiro."

2:30 da manhã:
- "Vêm a caminho... aguenta aí"

A sério???!?! round 2...














3 da manhã:
Serralheiro chega finalmente. Serralheiro avisa-me que por ter deixado a chave dentro da porta terá que rebentar com o canhão. Sairá caro. Pergunta-me se pode avançar.

Solteiro responde que sim, com paciência divina. Já é a 3ª vez que lhe perguntam o obvio.

Solteiro sentado no chão da varanda aguardando pacientemente o já almejado resgate.

Porta de alta segurança... bum! zzzz! trrrr! pum, pum pum! barulhos altos demais para estas horas da manhã. Por esta altura já 5 ou 6 vizinhos se tinham sentado nas suas varandas a olhar para ele. Solteiro continua na varanda sentadinho rezando para que ou dê um ataque de surdez a toda a gente do prédio ou a merda do homem se despache.

4:30 da manhã: 
Solteiro é resgatado pelo segurança do prédio e pelo serralheiro. Imagem que ficou na cabeça deles: um badocha em cuecas todo transpirado (afinal as noites aqui são quentes) encostado à máquina de lavar roupa aguardando pacientemente que lhe abram a porta.

Solteiro recolhe aos seus aposentos. Vizinhança aplaude!!!










5:00 da manhã: 
Solteiro vai para a cama frustrado pois daqui por 2 horas tem de se levantar para apanhar outro voo.
Segurança desce para o seu posto - não faço ideia o que lhe passaria pela cabeça mas que gozou o prato, gozou.
Serralheiro regressa a casa com a imagem de um badocha em cuecas impressa na sua retina, mas com um sorriso nos lábios pois vai €900 mais rico!!!

Moral da história: 
Ainda hoje não sei da traça.
Para a próxima, nem que seja uma ratazana, deixo-a entrar...

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

A.C. / D.C.

Não é a banda de Rock, senão uma mulher que entrou na minha vida e a transformou por completo. Numa primeira fase para melhor e depois a dilacerou por completo, levando-me à beira da morte e da loucura.



Diz-se que Deus só nos dá um fardo tão pesado como as forças que temos para o suportar. É bem verdade e, por vezes, se nos faltam as forças para o carregar, entram os amigos e família e dão uma ajudinha.

Conheci a C. 2 meses depois do meu divórcio. 10 anos de namoro/casamento que haviam terminado por intermédio de outro homem por quem a minha ex-mulher se apaixonou. Vivi e amei a minha ex-mulher como um homem deve viver e amar a uma mulher: de coração, corpo, alma e vida.

Com o sofrimento do divórcio e a baixa autoestima por ter sido trocado, a C. facilmente conquistou um lugar privilegiado no meu coração.

4 anos volvidos  com muitas peripécias à mistura (que relatarei à medida que me for lembrando) volta a C. a trocar-me por outro homem, deixando-me sozinho com uma depressão profunda e à beira do suicídio. Valeu-me a ajuda dos amigos e família que me ajudaram a carregar este fardo.

Desde esse fatídico mês de Agosto de 2015, várias peripécias na tentativa de conhecer outras mulheres revelaram-se infrutíferas. Este mundo está pejado de gente louca (a começar por mim)...


Bem, terminamos aqui as apresentações. Quando virem um qualquer tipo estranho na rua ou num bar que não seja o DJ8 serei eu.

Sejam amáveis com este tipo que está numa luta interna e ainda a tentar perceber como se comportar numa sociedade que não percebe nem o percebe.



Bem-hajam



terça-feira, 2 de agosto de 2016

Cada pessoa com quem te cruzas trava uma batalha que desconheces...


… sê gentil, sempre!

Ao iniciar este blog, pensei falar um pouco de mim. Porém, penso que a melhor forma de me dar a conhecer será através das páginas (muitas, espero) deste blog.
De nada servem extensas linhas sobre quem sou se será na linha do que penso e faço aquilo que melhor me espelha.

Trago comigo esta frase que ouvi de uma amiga. Desconheço o autor original.
Tento não julgar os outros à partida, pois são as lutas que trazemos connosco o que define a nossa atitude perante o mundo – com quem nos damos, de que gostamos e o que odiamos.

Também eu travo uma batalha. Posso dizer que, tal como a mudança do calendário de A.C. para D.C., também a minha vida mudou assim radicalmente. Uma pessoa que entrou na minha vida, a quem dei tudo, de seu nome C.* que foi a principal responsável pelas batalhas que travo hoje. Então, depois de retirar a C. da minha vida, uma série de novos capítulos, iniciativas, peripécias, mudanças profundas em muitos planos tomaram forma... uma montanha-russa que neste momento ainda não controlo mas que espero um dia vir a controlar.

 
(será que isto espelha a minha vertente bipolar suficientemente bem?)

Em suma, contarei episódios que se passaram A.C. e D.C. - tentarei calendarizá-los sempre que possível.

 
Bem-haja e compreendam sempre as lutas dos outros. Sejam amáveis J


* por vezes irei referir-me à C. como Cabra Transalpina

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Ora muito bem...

Bela maneira de fazer um primeiro post num blogue de um tipo que se diz charmoso e bem sucedido:
Podia começar com um descrição minha: o que faço, que carro conduzo, salário anual, bens imobiliários, mas nããããão! Apresento-me logo à labrego com um "ora muito bem" (flashes na minha cabeça dos vídeos do Taveira).

Pois, isto foi um 2 em 1: à labrego e a invocar Taveira, esse grande mestre da nossa adolescência...

Isto de criar um blogue estava na minha lista de tarefas hà algum tempo mas nunca o tinha feito. Pode-se dizer e muito bem que há uma primeira vez para tudo, certo?

Nas linhas que irei escrever farei relatos dos meus dias, que tanto têm para contar. Um relato da minha pessoa fica para um segundo post.

Espero que se divirtam, pois desde já assumo que ao contrário de outros, não escrevo para mim, senão para vós.



Então cá vamos. Ao primeiro de muitos!