A propósito do episódio da cigana, lembrei-me de outro que me aconteceu há cerca de dois anos.
Lucília, uma colaboradora minha, mulher de meia idade faltou certo dia.
Envia-me um SMS dizendo: "Estou muito mal Solteiro. Não vou conseguir ir trabalhar hoje que estou carregada. Vou ver já um especialista e depois levo justificação."
Dia seguinte, Lucília entra no meu gabinete. Cheirava a cânfora (ela, não o gabinete). Entrega-me um envelope.
Solteiro: Então Lucília, está melhor? Que se passou afinal consigo mulher? (sinceramente pensei que fosse a menopausa).
Lucília: Olhe Solteiro, nem me diga nada. Não tinha dormido nada, andei inchada o dia inteiro, só 'rrotava que nem uma perdida! Enfim, acho que já estou curada!!! Tem aqui a justificação...
Abri o envelope. Dizia literalmente isto:
"Informo que a D. Lucília de xxxx, nascida em xx yy zz, se encontrou incapacitada para o trabalho no dia xx.
Ao consultar a paciente, saiu uma conjugação da carta do enforcado com o oito de paus, o que indica claramente bruxedo.
Por esse motivo, confirmei que a paciente é atormentada pela alma do tio-avô, sofrendo de grande mal físico e espiritual, necessitou de tratamento específico e repouso.
Deverá voltar para uma consulta de seguimento no dia coiso de Julho e antecipadamente solicito a justificação desse dia também.
Atentamente,
Professor Bukamame"
Caí da cadeira a rir. A Lucília arrotou e disse: Tio Amílcar, não vai começar outra vez pois não?
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