segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Tão perto e tão longe

A propósito de um post da querida Uva, lembrei-me de um tema em que penso frequentemente e que na realidade me assusta:


Isto aproxima-nos de quem está longe mas afasta-nos de quem está perto. 

É uma grande verdade que, como viajante frequente, com um smartphone e as redes sociais, consigo estar com a minha família sem fisicamente estar com eles. Por outro lado, quando estamos juntos; estamos mais distantes que nunca.

Das coisas que mais detesto é estar com amigos e/ou família e ver toda a gente agarradinha ao seu smart-coiso, alheando-se da realidade real para entrar numa realidade virtual onde no meio de tanto ruído, há mais silêncio que nunca. Para onde caminhamos, senhores?

Estou cansado, tive um dia de cão e falta-me a inspiração para escrever mais.
Porém, todavia, contudo, acho que percebem a ideia.


4 comentários:

  1. Dizes que te falta inspiração, mas o que escreveste está bastante perceptível e partilho da tua opinião.
    Quando estou fora, sem dúvida que o smartphone e as redes sociais me fazem sentir mais perto. Especialmente quando tenho que viajar sozinha, são como um conforto perante a distância.
    Contudo, são inúmeros os locais e situações em que vejo pessoas acompanhadas mas que, em vez de socializarem e conversarem, optam por estar nas redes sociais.
    É bastante notório que a forma de estar e socializar mudou, o que não é, de todo, positivo. Refiro-me particularmente a determinadas alturas, como é o caso do Natal, das férias, entre outros. Quando era miúda o importante era estar com a família e os amigos, aproveitar aquele momento e a companhia das pessoas - é isso que estreita laços e cria memórias. De há uns anos a esta parte, parece que o importante é fotografar e publicar tudo online, em vez de estar mesmo presente naquele momento.

    Que o dia de cão de hoje fique para trás, beijinhos e boa semana ;)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigado :)

      Verdade que as dinâmicas mudaram mas por vezes é gritante.
      Por exemplo: acontece amiúde no dia dos namorados; um dos restaurantes mais caros de Portugal onde para ter uma reserva nesse dia é preciso subornar o maître d'; o dono, a cozinheira e o vallet. Chego e deparo-me com mesas (mais que uma) de casais em que ele está a ver a bola e ela no pinterest/instagram/whatever.
      E depois vem a selfie da moda com a legenda "jantar no xxxx, melhor namorado de sempre. #forevertogether"
      E eu, que sou da velha guarda, penso que sou eu que estou mal...
      Na minha família, como viajo bastante e passo pouco tempo com eles, todos sabem que à mesa é para estar fisicamente. Telemóveis só se for uma emergência. E respeitam isso (por enquanto)...

      Eliminar
  2. Também detesto estar com pessoas agarradas mas o facto é que cada vez estou mais agarrada também.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Acho que é inevitável e caminhamos todos no mesmo sentido.
      Porém enquanto formos conscientes disso, temos forma de corrigir o comportamento e aproveitar o que temos bem perto de nós :)

      Eliminar

Aceito todas as críticas à minha pessoa, Críticas a terceiros ou comentários ofensivos não serão publicados.